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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Dica de Livro > Tema Espiritismo

Aqui vai minha primeira dica de livro do blog... 📖👇






"Eu juro por mim mesmo, disse o Senhor Deus, que não quero a morte do ímpio, mas que quero que o ímpio de converta, que deixe o seu mau caminho, e que viva." (EZEQUIEL, cap.XXXIII, v.11)

"[...] o cepticismo, a dúvida, a indiferença, cada dia ganham terreno, malgrado os esforços da religião; [...] Se a religião é impotente contra a incredulidade, é que lhe falta alguma coisa para combate-la [...], se permanecer na imobilidade, em um tempo dado ela estará infalivelmente ultrapassada. O que lhe falta, [...] quando se quer compreender antes de crer, é a sansão de suas doutrinas pelos fatos [...] com os dados positivos da ciência. Se ela diz branco e os fatos dizem negro, é preciso optar entre a evidência e a fé cega." (pag.7)

"[...] esses sistemas não satisfazem nem a razão nem a aspiração do homem, se tropeçam [...] com dificuldades insuperáveis, porque são impotentes para resolverem todas as questões de fato que eles suscitam. O homem tem, pois, três alternativas: o nada, a absorção, ou a individualidade da alma antes e depois da morte. É para essa última crença que nos conduz, invencivelmente, a lógica; é aquela também que foi o fundo de todas as religiões desde que o mundo existe. A lógica nos conduz à individualidade da alma." (pag.9)

"[...] ao longo período de uma crença cega sucedeu, como transição, o período de incredulidade [...]. Era preciso demolir antes de reconstruir, porque é mais fácil fazer aceitar as ideias justas àqueles que não creem em nada, porque sentem que lhes falta alguma coisa, do que àqueles que tem uma fé robusta no que é absurdo." (pag.26)

"Na oração dominical, [Jesus] nos ensina a dizer: 'Senhor, perdoai as nossas ofensas, como nós perdoamos àqueles que nos ofenderam.' [...] quer dizer que, se nós não perdoamos, não seremos perdoados. Deus, fazendo, do esquecimento das ofensas, uma condição absoluta, não poderia exigir que o homem fraco fizesse o que Ele, todo-poderoso, não faria. A oração dominical é um protesto diário contra a eterna vingança de Deus." (pag.45)

"Tal como as crianças, que se contém, durante um tempo, pela ameaça de certos seres quiméricos, com a ajuda dos quais se as assusta; mas chega um momento, quando a razão da criança [...] faz justiça aos contos com os quais foi embalada, tornando-se absurdo pretender dirigi-las pelos mesmos meios. [...] Assim ocorre com a humanidade; ela saiu da infância e sacudiu as suas andadeiras. O homem não é mais esse instrumento passivo que se curva sob a força material, nem esse ser crédulo que aceitava tudo, de olhos fechados. A crença é um ato de entendimento, e, por isso, não pode ser imposta. (pag.52)

"Estando o sofrimento ligado à imperfeição, do mesmo modo que o prazer está à perfeição, a alma carrega, consigo mesma, o seu próprio castigo, por toda parte onde se encontre; para isso, não tem necessidade de um lugar circunscrito. O inferno, pois, está por toda parte onde haja almas sofredoras, do mesmo modo que o céu está por toda parte onde haja almas felizes." (pag.58)

"Se ela [alma] adquire novos conhecimentos depois da vida atual, é que pode progredir. [...] com o progresso, chega-se à negação de todos os dogmas fundados sobre o seu estado estacionário: o destino irrevogável, as penas eternas, etc. Se ela progride, onde se detém o progresso? Não há nenhuma razão para que não atinja o grau dos anjos ou puros Espíritos. Se ela pode aí chegar, não haveria nenhuma necessidade de criar seres especiais e privilegiados, [...] ao passo que os outros seres, menos favorecidos, não obtém a suprema felicidade senão ao preço de longos e cruéis sofrimentos e das mais rudes provas." (pag.71)

"Os demônios são, assim, os agentes provocadores predestinados a recrutar almas para o inferno, e isso com a permissão de Deus, que sabia, criando essas almas, a sorte que lhes estava reservada. Que se diria na Terra, de um juiz que usasse esse critério para povoar as prisões? Estranha ideia que se nos dá da Divindade, de um Deus cujos atributos essenciais são a soberana justiça e a soberana bondade! E é em nome de Jesus Cristo, daquele que não pregou senão o amor, a caridade e o perdão, que se ensina semelhantes doutrinas!" (pag.82)

"Uma religião que faz sua pedra angular de semelhante doutrina, que se declara solapada em sua base tirando-lhe seus demônios, seu inferno, suas penas eternas e seu Deus sem piedade, é uma religião que se suicida." (pag.98)

"Sim, o Cristo é o Messias divino; sim, a sua palavra é a da verdade; sim, a religião fundada sobre essa palavra é inabalável, mas com a condição de seguir e praticar os seus sublimes ensinamentos, e não fazer do Deus justo e bom que nos ensina a conhecer, um Deus parcial, vingativo e sem piedade." (pag.99)

"Desde o instante em que a alma progride, depois da morte, a sua sorte não pode estar irrevogavelmente fixada, porque a fixação definitiva da sorte é [...] a negação do progresso. As duas coisas não podem existir simultaneamente, resta aquela que tem a sanção dos fatos e da razão." (pag.171)

"Uma mãe que mata o seu filho na crença de que o envia direto ao céu é menos culpada, porque o fez numa boa intenção? Com esse sistema, justificar-se iam todos os crimes que um fanatismo cego cometesse nas guerras religiosas." (pag. 196)

"Os padres, apesar de seu quadro atemorizante das penas que sentem os condenados, não têm senão uma ideia bem fraca dos verdadeiros sofrimentos que a justiça de Deus inflige aos seus filhos que violaram a sua lei de amor e de caridade. Como fazer crer, a pessoas razoáveis, que uma alma, quer dizer, alguma coisa que não é material, possa sofrer ao contato do fogo material? É absurdo, e eis porque tantos criminosos se riem dessas pinturas fantásticas do inferno. Mas não ocorre o mesmo com a dor moral que o condenado suporta, depois da morte física." (pag. 231)

"Mas a justiça dos homens é mal concebida; por uma falta, algumas vezes leve, um homem é fechado numa prisão que, sempre, é um lugar de perdição e de perversão. Dali sai completamente perdido, pelos maus conselhos e os maus exemplos que hauriu. Se, entretanto, a sua natureza é bastante boa e bastante forte para resistir ao mau exemplo, saindo da prisão, todas as portas estão fechadas, todas as mãos se retiram diante dele, todos os corações honestos o repelem. Que lhe resta? O desprezo e a miséria; o abandono, o desespero." (pag. 233)

"O Espiritismo, mesmo nos crentes firmes, não faz imediatamente homens perfeitos. A crença é um primeiro passo, a fé vem em seguida, e a transformação terá o seu turno; mas, para muitos, ser-lhes-á necessário virem se retemperar no mundo dos Espíritos." (pag. 246)

"O despotismo, o fanatismo, a ignorância e os preconceitos da idade media, e dos séculos que lhe seguiram, legaram às gerações futuras uma dívida imensa, que não foi ainda liquidada. Muitas infelicidades não nos parecem imerecidas senão porque vemos apenas o momento atual." (pag. 262)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A NOSSA LIBERDADE [Liberdade para quê?]

                                                                                                    (faça seu julgamento)

"Liberdade para quê?
Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões, assassinos,
 corruptos e corruptores,
 para mentirosos, traficantes,
 viciados e hipócritas?
Falam de uma "noite" que durou 21 anos,
 enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira
 e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!
Fala-se muito em liberdade!
Liberdade que se vê de dentro de casa,
 por detrás das grades de segurança,
 de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção,
 quadrilhas e quadrilheiros,
 guerra de gangues e traficantes,
 Polícia Pacificadora,
 Exército nos morros,
 negociação com bandidos,
 violência e muita hipocrisia.
Olhando mais adiante, enxergamos
 assaltos,
 estupros,
 pedófilos,
 professores desmoralizados, ameaçados e mortos,
 vemos "bullying",
 conivência e mentiras,
 vemos crianças que matam,
 crianças drogadas,
 crianças famintas,
 crianças armadas,
 crianças arrastadas,
 crianças assassinadas.
Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões
 vemos arrastões,
 bloqueios de ruas e estradas,
 terras invadidas,
 favelas atacadas,
 policiais bandidos e assaltos a mão armada.
Vivemos em uma terra sem lei,
 assistimos a massacres,
 chacinas e sequestros.
Uma terra em que a família não é valor,
 onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos,
 patrícios e estrangeiros.
Mas, afinal, onde é que nós vivemos?
Vivemos no país da impunidade
 onde o crime compensa e
 o criminoso é conhecido, reconhecido,
 recompensado,
 indenizado
 e transformado em herói!
Onde bandidos de todos os colarinhos
 fazem leis para si,
 organizam "mensalões"
 e vendem sentenças!
Nesta terra,
 a propriedade alheia,
 a qualquer hora e em qualquer lugar,
 Ã© tomada de seus donos,
 os bancos são assaltados
 e os caixas explodidos. 
É aqui, na terra da "liberdade",
 que encontramos
 a "cracolândia"
 e a "robauto",
 "dominadas" e vigiadas pela polícia!
Vivemos no país da censura velada,
 do "micoondas",
 dos toques de recolher,
 da lei do silêncio
 e da convivência pacífica
 do contraventor com o homem da lei.
País onde bandidos comandam o crime
 e a vida de dentro das prisões,
 onde fazendas são invadidas,
 lavouras destruídas
 e o gado dizimado,
 sem contar quando destroem
 pesquisas cientificas de anos,
 irrecuperáveis!
Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do medo
 e reféns da impunidade
 ou
 da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?
Afinal,
 aqueles da escuridão eram "anos de chumbo"
 ou anos de paz?
E estes em que vivemos,
 são anos de liberdade ou
 de compensação do crime,
 do desmando e da desordem?
Quanta falsidade,
 quanta mentira,
 quanta canalhice
 ainda teremos que suportar,
 sentir e sofrer,
 até que a indignação
 nos traga de volta
 a vergonha, a auto estima e a própria dignidade?
 Quando será que nós,
 homens e mulheres de bem,
 traremos de volta a nossa liberdade?"

(Paulo Chagas - General da Reserva do Exército do Brasil)