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quinta-feira, 22 de março de 2012

educação e ... "a" educação

      Recebi um e-mail nesta semana que me indignou muito, embora já tenha escutado muitas histórias parecidas antes, e não poderia deixar de compartilhar aqui. Vou transcrever esse desabafo de um professor gaucho que espelha a quantas anda nossa EDUCAÇÃO... 
Porto Alegre (RS), 16 de julho de 2011
Caro Juremir (CORREIO DO POVO/POA/RS)
Meu nome é Maurício Girardi. Sou Físico. Pela manhã sou vice-diretor no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre, onde à noite leciono a disciplina de Física para os três anos do Ensino Médio.   Pois bem, olha só o que me aconteceu:   estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. Era 21/06/11 e, talvez, ‘pela entrada do inverno’, resolveu também ir á aula uma daquelas ‘alunas-turista’ que aparecem vez por outra para  ‘fazer uma social’. Para rever os conhecidos. Por três vezes tive que pedir licença para a mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos.
Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava de bastante atenção de todos, toca o celular da aluna, interrompendo todo um processo de desenvolvimento de uma idéia e prejudicando o andamento da aula. Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender e que o Colégio é um local aonde se vai para estudar. Então, a ‘estudante’ quis argumentar, quando falei que não discutiria mais com ela.
Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. De casa, sua mãe ligou para a Escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretoria da Escola.
Qual passo dado pela mãe?  Polícia Civil!... Isso mesmo!... tive que comparecer no dia 13/07/11, na  8.ª (oitava) Delegacia de Polícia de Porto Alegre para prestar esclarecimentos por ter constrangido (“?”) uma adolescente (17 anos), que muito pouco frequenta as aulas e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores. A que ponto chegamos? Isso é um desabafo!... Tenho 39 anos e resolvi ser professor porque sempre gostei de ensinar, de ver alguém se apropriar do conhecimento e crescer. Mas te confesso, está cada vez mais difícil.
Sinceramente, acho que é mais um professor que o Estado perde. Tenho outras opções no mercado. Em situações como essa, enxergamos a nossa fragilidade frente ao sistema. Como leitor da tua coluna, e sabendo que abordas com frequência temas relacionados à educação, ‘te peço, encarecidamente, que dediques umas linhas a respeito da violência que é perpetrada contra os professores neste país’. (Mauricio Girardi - Professor no Colégio Estadual Piratini - Porto Alegre / RS)
Fica cristalina a visão de que, neste país:
  • NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO.
  • NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES.
Afinal, para quê ser um país de 1º mundo se está bom assim???

Moral da História: Os professores ganham pouco porque só 'servem' pra nos ensinar coisas inúteis como: ler, escrever, calcular, construir, questionar, PENSAR!
Sugestão: Mudar a grade curricular das escolas, que passariam a ensinar as seguintes matérias:
  • Educação Física - Futebol
  • Música - Sertaneja, Pagode, Axé, Funk
  • História - Grandes Personagens da Corrupção Brasileira, Biografia dos Heróis do Big-Brother, Evolução do Pensamento das 'Celebridades'
  • Históra da Arte -  De Carla Perez ao Faustão
  • Matemática - Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
  • Cálculo - Percentual de Comissões e Propinas
  • Português e Literatura - ?? Pra quê?? EXCLUÍDO
  • Biologia, Física e Química - EXCLUÍDAS por excesso de complexidade
Está bom assim?
eu quero mais!

quarta-feira, 21 de março de 2012

começo, recomeço e fim ...

     Minha filha acabou o namoro pela segunda (3ª? 4ª?) vez. Primeiro namorado sério, 1 ano e sei lá quanto de namoro, muitas (muitas mesmo) briguinhas e choradeiras, muitos dias trancada em casa esperando por ele. Também vi muitas coisas boas: flores, presentes, alegrias, comemorações, festas, almoços, jantares, passeios, aniversários... Resumo da ópera: decepção, um coração partido, muitas lágrimas e promessas de: “bola-pra-frente”, “nunca mais”, “agora deu”, “essa foi a gota”, “acabou”.
     Não será a primeira nem a última decepção, também não foi ela a única a passar por isso, claro! Mas, quero usar o exemplo aqui pra falar de AMOR PRÓPRIO e VALORIZAÇÃO que falta a estas garotas de hoje, talvez pela cultura da exposição a que são submetidas pela sociedade, pela mídia, pelas amigas...
     Eu aprendi a me amar e dar valor para não precisar de mais ninguém que me faça feliz: EU ME FAÇO FELIZ! Família, amigos, vizinhos, trabalho, marido, filhos, etc., são o complemento e o tempero, mas temos que nos bastar sim! Aprender a apreciar nossa própria companhia: lendo, escrevendo, refletindo, cozinhando, limpando, andando, correndo, indo pra academia, cinema, shopping e até falando sozinhos! Esse amor que temos por nós aparece: faz brilhar os olhos e a pele, emana energia positiva e atrai as pessoas porque transmite empatia, alegria de viver! E acaba atraindo novos amores também.
     Por isso digo: teu namorado te traiu? Te sacaneou? Te deu um ‘toco’? Há coitado! Pior pra ele, quem perdeu mais foi ele menina! Você é tudo de bom, é maravilhosa, é linda, inteligente, independente e AMADA! Se não por ele será por você mesma e por muitas outras pessoas ao teu redor! É só abrir os olhos e dar uma chance. Ciúmes, posse, servidão e clausura, isso tudo é coisa do passado. Hoje o que vale é o respeito por si mesmo e pelo outro. Você quer liberdade? Então respeite essa mesma liberdade no outro, dê o mesmo espaço que você exige pra si. Isso é RESPEITO e vale muito mais do que FIDELIDADE.
     Mas aí começa um outro assunto que deixo pra outro dia e outro papo...
Bjs, comentem!

domingo, 18 de março de 2012

começando...

oi, boa noite! acho que vou escrever um pouco sobre mim pra começar...
      sou uma 'jovem senhora' de 37 anos, tenho marido e um casal de filhos que são minha alegria e bênção, uma família como tantas e com todos os problemas do cotidiano. não preciso dizer que tenho jornada dupla (ou tripla, quádrupla...) e que sobram trabalho e correria o tempo todo, mas consigo tirar tempo pra ler um bom livro, ver um filme e fazer as refeições em família (o que considero importantíssimo e mesmo fundamental!). descendo de imigrantes italianos e sou gaucha, mas moro em Santa Catarina fazem 13 anos, longe de minha mãe e irmãos que amo e sinto muita falta... só consigo ve-los uma ou duas vezes ao ano porque são 600km de distância. já deu pra perceber que essa coisa de FAMÍLIA é muito importante pra mim né?! hoje em dia isso não é muito comum.
      bom, iniciei este blog principalmente porque sempre tive vontade de escrever (e escrevi diários por muito tempo até), mas também porque vi a necessidade - no meu dia-a-dia de mãe e amiga - de expressar minhas idéias um tanto 'diferentes' ou excêntricas a respeito de mundo, religião, relacionamento, amizade, amor, casamento, espiritualidade, vida, morte, etc. etc. etc... mas, porque considero minhas próprias idéias assim? explico: porque sempre surpreendem quando as exponho, elas chocam ou, pelo menos, intimidam meus interlocutores, sejam eles amigos, conhecidos, parentes, vizinhos, minha filha ...!
      então é isso, já dei uma pista do que estarei escrevendo aqui por enquanto, no futuro talvez escreva algumas crônicas ou poemas, quem sabe histórias? vamos ver por onde minha mente inquieta irá me guiar. por hora é o suficiente e prometo atualizar este regularmente.
fui! boa noite.

P.S. peço que comentem, critiquem e solicitem assuntos para novas postagens. obrigada.